quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cidadania, resgatando a auto estima

Antes de qualquer coisa é preciso voltar a acreditar.


Depois de tantos anos fora da escola , várias repetências, tentativas e desistências, é difícil acreditar que desta vez será diferente.

O resgate da auto -estima, precisa ser feita diariamente. O professor precisa estar atento a qualquer evolução do aluno, ainda que bem pequena, valorizando-a, de forma a contribuir para permanência e desenvolvimento qualitativo do discente.






Duas atividades propostas, contribuíram de forma muito positiva para que cada aluno se sentisse valorizado e importante. A primeira foi a criação da Árvore da Autonomia, que além de possibilitar a problematização da importância dos vegetais, suas partes constituintes (raízes, caules, flores e frutos), a diversidade e importância das frutas na dieta dos brasileiros, permitiu o reconhecimento no outro, de uma qualidade, que seria o seu sobrenome. A produção envolveu não só a turma, mas acabou contando com colaborações externas, como as dos professores de informatica e Artes, por exemplo.




Cada aluno teve seu nome associado a uma característica positiva, demostrada com frequência em classe. Um galho seco foi devidamente preparado (por nossa Diretora: Maria José, que adorou a idéia) e nele pendurados todos os rebentos da Autonomia, sob o seguinte slogam: "Na árvore da Autonomia os frutos tem nome e sobrenome."






Frutos da Autonomia


"Neste céu todos somos estrelas", foi o tema do nosso segundo trabalho de valorização do outro, um mural coletivo, enfocando o dia do aniversário de cada um aluno, elevado a condição de estrela, com direito a brilhar.

Este trabalho, além de ornamentar a sala e permitir que cada aniversário seja devidamente comemorado, ainda serve para dinamizar a abordagem dos conteúdos sobre o céu e seus corpos celestes, na disciplina de Ciências ou coletivos (constelações) em Língua Portuguesa, produção textual em forma de entrevista (a vida do aniversariante do dia) e onde mais nossa criatividade nos levar.






Bem, por enquanto ficamos por aqui. Espero que estas atividades, embora simples, possam servir de caminho para a socialização aluno/aluno e aluno/professor, no cotidiano escolar. Dê asas a sua imaginação e bom trabalho.

Um abraço











sexta-feira, 22 de maio de 2009

A química perfeita!

Foi perfeito!

Correu tudo bem em nosso primeiro encontro. Foi um caso de amor a primeira vista entre eu e a turma.


Temos feito muitos progressos junto.

Nas três primeiras semanas de encontro realizamos atividades de integração. Estas foram muito importantes para a adaptação e fortalecimento do grupo. O objetivo principal, era desenvolver com a turma conceitos que possibilitassem o desenvolvimento do trabalho em grupo. A solidariedade, o respeito mútuo, a responsabilidade, entre outros.

Entre estes momentos, tivemos um muito especial, que diz respeito ao resgate da memória; atividade em que cada aluno deveria lembrar um fato que mais marcou sua infância. Todas as memórias eram divertidas, geralmente relacionada a uma peraltice, exceto a de Maria Nazareth, uma pessoa muito especial, que tem como lembrança mais forte, o fato de nunca ter ganho uma bonequinha, seu desejo de criança. A turma decidiu presente-te-la com uma linda bonequinha, aliás, bonicrinha, como ela é chamada atualmente pela turma.



O sonho da bonequinha foi realizado no Projeto Autonomia














Atividades em grupo























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Projeto Autonomia, uma história de amor!

Esta história teve começo em 15 de fevereiro, quando fui participar de uma capacitação oferecida pela Secretaria de Educação do Rio de Janeiro em parceria com a Funcação Roberto Marinho. O objetivo era dar formação continuada aos professores da Educação Básica, para que atuassem, numa nova proposta metodológia, com vistas a corrigir a distorção idade/série dos alunos com 15 anos ou mais, matriculados no 6º e 7º do ensino fundamental e os a partir de 17 anos na primeira série do ensino médio.
O Projeto Autonomia, fundamentado em Paulo Freire, vem dividir minha vida profissional em duas fases - a da lagarta e borboleta. Apesar de alguns anos de experiência no magistério, hoje vejo, que até então eu era apenas uma lagarta, que concluiu o curso normal , o ensino superior e vinha me alimentando. Meu alimento foi na verdade, cada aluno, cada turma, cada experiência, cada erro e acerto que me convenceram de estar realmente na profissão certa. O Autonomia, é o alimento que faltava, neste vasto cardápio que é a educação. No momento, estou no casulo, em processo de transformação e minha primeira turma neste projeto, fará parte do meu renascimento, da minha metamorfose em borboleta. Cada novo aluno, a sua maneira, com seu jeito e personalidade é a flor onde repouso minhas esperanças e certezas de que a educação é o caminho para o sucesso.